Quati “fura” lanche de turistas na Ilha do Campeche, em Florianópolis, e alerta é feito por biólogo
Um curioso incidente foi registrado na Ilha do Campeche, em Florianópolis, quando um quati foi flagrado “furtando” um pacote de batata frita de um grupo de turistas. O morador local, Michel Cordeiro Adão, capturou o momento inusitado em vídeo, mostrando o quati se aproximando da mesa dos visitantes e, habilmente, agarrando o saco com as patas antes de empreender uma fuga bem-sucedida.
Michel, que testemunhou o episódio, compartilhou sua surpresa: “Foi muito despretensioso. Eu só filmei porque não é comum eu ver quati. Não costumo ir com frequência à Ilha do Campeche. Eu estava filmando o quati bonitinho. Do nada, ele pega e tenta roubar o pacote de batatas do pessoal que estava na praia.”
O turista conseguiu recuperar o alimento, que foi deixado pelo quati próximo à mata. Contudo, especialistas como o biólogo Christian Raboch alertam que interações entre humanos e quatis não são benéficas para ambas as espécies. Raboch explica que animais silvestres podem se acostumar à presença humana e passar a ver as pessoas como fonte de alimento, o que pode ter consequências negativas para a saúde dos animais.
“O quati, assim como os primatas, macaco-prego, sagui, são animais que, se as pessoas ficam dando alimento, esses animais começam a ser humanizados. Então, quando eles veem o ser humano, eles acham que o ser humano é fonte de alimento. E aí, chegam para pegar uma banana, chegam para pegar um salgadinho, uma pipoca”, alertou o biólogo.
Raboch também destacou que a alimentação inadequada pode causar problemas de saúde nos animais, incluindo aumento de gordura e complicações diversas. Além disso, a transmissão de doenças entre humanos e animais é uma preocupação, com exemplos como a herpes, que pode ser letal para certas espécies.
O capitão Carlos Eduardo Rosa, da Polícia Militar Ambiental, reforça a importância de não alimentar animais silvestres, incluindo quatis. Ele alerta que, em situações de disputa por comida, os quatis podem morder, representando riscos para os humanos envolvidos.
Portanto, a recomendação unânime é evitar alimentar animais silvestres para garantir a saúde e o equilíbrio natural das espécies.