Florianópolis Antecipa o Clima de Folia para o Carnaval de 2024
Com a aproximação do Carnaval, Florianópolis já está mergulhada no espírito festivo, vivenciando eventos públicos e privados que prenunciam a chegada da festa mais popular do país. Com cerca de 80 blocos espalhados por diferentes bairros, a cidade se prepara para receber milhares de turistas durante os dias 10 a 13 de fevereiro.
O cortejo do Berbigão do Boca, agendado para a sexta-feira (2), oficialmente inaugura as celebrações carnavalescas. Como destaca o presidente Paulo Abraham, conhecido como Boca, o evento é um convite para que todos se unam em um dia de folia e diversão.
No contexto local, a expressão “cacalhada” é adotada de maneira carinhosa para se referir a um grupo de pessoas que apreciam uma boa bagunça e estão prontas para se divertir. Essa expressão é um elemento peculiar da linguagem nativa e carnavalizada da região.
Florianópolis, por sua estreita conexão com o Carnaval do Rio de Janeiro, incorpora neologismos, gírias e bordões característicos dessa festividade. Termos como “Bagunçou o coreto” (perturbou), “Jesus por Gênesis” (misturar as coisas) e “O bicho vai pegar” (situação difícil) são exemplos que ecoam no cenário carnavalesco da cidade.
O compositor André Calibrina, inspirado no manezês, expressão local marcada pela herança açoriana e cultura pesqueira, criou a música “Ó lhó lhó”. Desde 1992, essa composição é considerada o Hino do Manezinho, sendo indispensável nos desfiles dos blocos locais durante o Carnaval. A letra inclui expressões típicas como “mofas com a pomba na balaia” (não conseguir um objetivo) e destaca elementos da culinária e cultura da região, como “gosto de siri e pirão d’água, boi de mamão, camarão e berbigão”. O recado final é para aqueles que chegam à ilha: “Se vens pra ilha dando uma de dotô, Eh, eh, tás tolo, te arromba istepô”.