Operação Mensageiro: Um Ano Após a Primeira Fase, Investigação Desvenda Esquema de Corrupção Envolvendo 16 Prefeitos de Santa Catarina
Nesta quarta-feira (6), a Operação Mensageiro celebra um ano desde a sua primeira fase, que resultou na prisão de quatro prefeitos de Santa Catarina. A investigação, que tem como foco um esquema de pagamento de propina a agentes políticos em troca de benefícios ilícitos para uma empresa em contratos de coleta de lixo com prefeituras catarinenses, continua a desvendar uma trama complexa de corrupção.
Na data da primeira fase, os prefeitos Deyvisonn Souza (Pescaria Brava), Luiz Henrique Saliba (Papanduva), e Antônio Rodrigues (Balneário Barra do Sul) foram presos por suposto envolvimento no recebimento de propinas, levando à renúncia ou extinção de seus mandatos. Marlon Neuber (PL), prefeito de Itapoá, foi posteriormente detido e condenado a 18 anos de prisão.
Um ano após esse marco inicial, a investigação já resultou na prisão preventiva de 16 prefeitos ou ex-prefeitos catarinenses em quatro fases distintas, ocorridas entre dezembro de 2022 e abril de 2023. Atualmente, três prefeitos permanecem detidos, enquanto 13 estão em liberdade sob medidas cautelares, como o uso de tornozeleiras eletrônicas e restrições de contato com testemunhas e réus.
Ao longo do último ano, 13 prefeitos conseguiram revogar a prisão preventiva, permanecendo em liberdade até as decisões finais dos processos em primeira instância ou nos julgamentos do Tribunal de Justiça (TJSC). Apenas três prefeitos ainda ocupam seus cargos, autorizados ou temporariamente afastados.
O caso da Operação Mensageiro abrangeu 20 cidades de Santa Catarina, resultando na prisão de 39 pessoas preventivamente, conforme balanço divulgado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) após sete meses de investigação. Ainda se espera o desfecho dos processos para definir o destino dos envolvidos nessa trama de corrupção. Acompanhe mais detalhes e atualizações aqui no portal de notícias.