Ministro Silvio Almeida destaca Impacto do Racismo Estrutural na Economia Brasileira e em Santa Catarina
Alguns desafios persistentes impedem o Brasil de atingir pleno desenvolvimento econômico, e um deles é o fenômeno do racismo estrutural, que impacta significativamente a vida de pessoas de cor em um país onde 56% da população se identifica como negra ou parda. Às vésperas do Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, e considerando que todo o mês é dedicado a esse tema, a intenção é destacar os efeitos do racismo em diversas esferas, sendo a economia uma das mais impactadas. Essa questão reverbera não apenas nacionalmente, mas também tem repercussões diretas e indiretas na economia, tanto em nível nacional quanto em Santa Catarina.
O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, tem sido uma voz proeminente nos últimos anos ao abordar o tema do racismo estrutural no Brasil. Advogado, filósofo e professor universitário, autor do livro “Racismo Estrutural”, Almeida destaca que essa questão tem repercussões econômicas significativas, limitando o acesso de pessoas negras a diversos serviços públicos e oportunidades, especialmente no mercado de trabalho.
O impacto desse problema na economia é notável, uma vez que mais da metade da população brasileira se autodeclara como negra ou parda. Essa limitação de oportunidades, segundo Almeida, tem um efeito prejudicial no crescimento econômico do país, embora não haja cálculos específicos para quantificar essa influência. O reflexo disso também se estende a estados como Santa Catarina, que dependem do mercado nacional.
Em uma entrevista à Globonews, concedida à colunista Miriam Leitão na noite de quarta-feira (14), o ministro, que é afrodescendente, destacou que enxerga seu papel como professor universitário como uma oportunidade não apenas para avançar em sua carreira, mas também para contribuir na redução desse problema crônico por meio da educação e de outros movimentos.