Desenvolvimento econômico

Empreendedorismo Feminino no Agronegócio Catarinense: Inovação e Resiliência no Campo

As produtoras rurais de Santa Catarina não são apenas trabalhadoras do campo, mas também empreendedoras e líderes que têm vindo a transformar a paisagem do agronegócio. Elas demonstram que resiliência e inovação são suas marcas distintivas em um setor que, por muito tempo, foi dominado por homens.

Independentemente da faixa etária, a coragem de empreender está dando à agricultura novos significados. Essas mulheres estão engajadas em uma variedade de iniciativas, desde a produção especializada para adicionar valor aos produtos até a gestão de atividades não-agrícolas, como o turismo rural. Essas empreendedoras não apenas conquistam mais autonomia e qualidade de vida para si, mas também contribuem para a vitalidade das comunidades rurais.

Samantha Kauling, uma apicultora e meliponicultora em Bom Retiro, é um exemplo inspirador desse movimento. Criada no campo, Samantha buscou educação em Engenharia Ambiental em Lages e concluiu um mestrado em Ciências em Piracicaba, adquirindo o conhecimento necessário para estruturar seu próprio negócio. Hoje, seu principal produto é o mel melato de bracatinga, uma iguaria exclusiva da região do Planalto Sul de Santa Catarina, com propriedades medicinais notáveis. Esse mel já conquistou prêmios e reconhecimento internacional, sendo considerado o melhor do mundo em sua categoria.

O sucesso de Samantha e de tantas outras mulheres no agronegócio catarinense destaca o papel fundamental que desempenham na inovação e no crescimento sustentável do setor. Essas empreendedoras não apenas quebram barreiras de gênero, mas também contribuem para a diversificação e prosperidade das áreas rurais do estado.

Retornando à sua vida na zona rural, essa produtora e empresária não só enfrenta os desafios comuns do campo, mas também aqueles relacionados ao gênero. Ela se dedica à criação de abelhas, tanto as com ferrão quanto as sem ferrão, em uma rotina repleta de obstáculos, sejam eles de natureza ambiental ou questões de igualdade de gênero.

Agora, a empreendedora está empenhada em ampliar sua produção e elevar a produtividade de suas colmeias. Seu objetivo ambicioso é atingir uma média de 50 kg de mel por colmeia, superando a média estadual que gira em torno de 15 kg a 20 kg.

Ela enfatiza a importância de uma gestão eficiente para conciliar sua vida no campo com a administração da empresa. Sua abordagem inclui a elaboração de um planejamento semanal que lista todas as atividades, destacando as prioridades. Além disso, ela se adapta às condições climáticas, organizando trabalhos para os dias de sol e também para os dias chuvosos, demonstrando sua dedicação e habilidade no manejo de suas atividades no campo e nos negócios.

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